Saudade: a homenagem de Linda Tocante a homenagem de Linda a António Cagica Rapaz, um ano depois da sua morte, no blogue A Bela Sesimbra. Para ler e ouvir aqui.
E assim se passou um ano, ao reminho, uma pequena fracção, quase imperceptível, no cômputo do tempo do mundo, mas suficiente para, em todos os que privaram de perto com o "nosso" Cagica, deixar profunda e acentuada marca interior.
A saudade, esse sentimento universal, tem de estar presente num momento destes, em que cumpre enaltecer a pessoa que nos deixou tão cedo e tão orfãos.
Mas, para além do elogio ao Amigo que partiu para o destino que é de todos nós, sem sabermos quando, traduzido na imensa falta que nos faz, a todos, a maneira de ser e de estar na vida, que lhe faltou abruptamente, penso que haverá que prestar tributo a quem tanto amou a Sua Terra.
Sesimbra, pese embora a distância que os fez separar, esteve sempre umbilicalmente ligada a António Cagica Rapaz que também sempre a soube trazer no coração e, mais do que isso, fazer reviver nos inúmeros textos que a ela dedicou.
Imagina-se o que cada um poderá sentir ao ler ou ouvir ler as suas crónicas? Ficará alguém indiferente à forma extraordinariamente vívida como a retrata por palavras, tornando reais personagens que percorreram aquelas ruas, os locais mais emblemáticos e se tornaram referências de um tempo que já não voltará?
E, em troca, bem sabendo que o "nosso" Cagica nada pretendia em troca a não ser que bem o tratassem e considerassem, o que é que Sesimbra fez por ele? Soube de alguma forma recompensar aquela paixão ardente, que se foi transformando em amor à terra que o viu nascer, que lhe marcou a infância, a juventude e que, ainda que tenha estado longíqua em certos períodos da sua vida, sempre lhe deixou profundas marcas interiores, que o fizeram louvá-la por palavras, cantá-la sem música de forma intensa, colocá-la num pedestal fictício de onde a mirava para a descrever, talvez do mesmo ângulo com que agora a vê, com o mesmo espírito de sempre e com a alma de um filho que nunca renegou as origens.
Com a mesma tristeza que lhe sinto a ausência, noto que Sesimbra, essa Sesimbra de agora, não dá o devido valor a quem merece.
Felizmente, ainda há quem te sinta a falta e te reconheça as qualidades que faziam de ti, mais do que um Rapaz, um verdadeiro HOMEM!
Com o orgulho de te ter conhecido, teu Amigo,
João
P.S. - Beijos e abraços sentidos com destinatários certos. Eles (e elas) sabem quem são...
O Farol do Cabo, como grande admirador do amigo do senhor Neruda, e eu, como amigo do Cagica Rapaz, não poderíamos ficar indiferentes a esta data que simboliza o dia em a nossa terra linda, a bela Sesimbra, foi amputada de um dos seus filhos mais ilustres. Mil razões seriam poucas para justificar esta afirmação mas, por desnecessário inumerá-las por serem de todos nós sobejamente conhecidas, resta-nos agradecer ao cidadão exemplar António Manuel Rosa Cagica Rapaz a herança literária que deixou que a todos nos dá prazer e, principalmente, o sentirmos orgulho de ser Pexitos. Farol do Cabo & José
Boa Noite, Ó Mestre! é um memorial consagrado à evocação do escritor António Cagica Rapaz, que nasceu em Sesimbra em 13 de Junho de 1944 e faleceu em Lisboa em 13 de Dezembro de 2009. Boa Noite, Ó Mestre! pretende ser um repositório biobibliográfico do legado de Cagica. Nele se (re)publicarão crónicas, contos, cartas, poemas e outros escritos do saudoso autor sesimbrense, bem como documentos que lhe digam respeito. Por outro lado, com a criação desta página tenciona-se recolher, reunir e publicar colaborações (estudos, testemunhos e depoimentos) dos amigos e admiradores de António Cagica Rapaz, tendo em vista a ulterior edição, em livro, de um In Memoriam. Boa Noite, Ó Mestre! pugnará ainda pela divulgação, pela difusão e pelo estudo da obra de Cagica.Boa Noite, Ó Mestre!
E assim se passou um ano, ao reminho, uma pequena fracção, quase imperceptível, no cômputo do tempo do mundo, mas suficiente para, em todos os que privaram de perto com o "nosso" Cagica, deixar profunda e acentuada marca interior.
ResponderEliminarA saudade, esse sentimento universal, tem de estar presente num momento destes, em que cumpre enaltecer a pessoa que nos deixou tão cedo e tão orfãos.
Mas, para além do elogio ao Amigo que partiu para o destino que é de todos nós, sem sabermos quando, traduzido na imensa falta que nos faz, a todos, a maneira de ser e de estar na vida, que lhe faltou abruptamente, penso que haverá que prestar tributo a quem tanto amou a Sua Terra.
Sesimbra, pese embora a distância que os fez separar, esteve sempre umbilicalmente ligada a António Cagica Rapaz que também sempre a soube trazer no coração e, mais do que isso, fazer reviver nos inúmeros textos que a ela dedicou.
Imagina-se o que cada um poderá sentir ao ler ou ouvir ler as suas crónicas? Ficará alguém indiferente à forma extraordinariamente vívida como a retrata por palavras, tornando reais personagens que percorreram aquelas ruas, os locais mais emblemáticos e se tornaram referências de um tempo que já não voltará?
E, em troca, bem sabendo que o "nosso" Cagica nada pretendia em troca a não ser que bem o tratassem e considerassem, o que é que Sesimbra fez por ele? Soube de alguma forma recompensar aquela paixão ardente, que se foi transformando em amor à terra que o viu nascer, que lhe marcou a infância, a juventude e que, ainda que tenha estado longíqua em certos períodos da sua vida, sempre lhe deixou profundas marcas interiores, que o fizeram louvá-la por palavras, cantá-la sem música de forma intensa, colocá-la num pedestal fictício de onde a mirava para a descrever, talvez do mesmo ângulo com que agora a vê, com o mesmo espírito de sempre e com a alma de um filho que nunca renegou as origens.
Com a mesma tristeza que lhe sinto a ausência, noto que Sesimbra, essa Sesimbra de agora, não dá o devido valor a quem merece.
Felizmente, ainda há quem te sinta a falta e te reconheça as qualidades que faziam de ti, mais do que um Rapaz, um verdadeiro HOMEM!
Com o orgulho de te ter conhecido, teu Amigo,
João
P.S. - Beijos e abraços sentidos com destinatários certos. Eles (e elas) sabem quem são...
O Farol do Cabo, como grande admirador do amigo do senhor Neruda, e eu, como amigo do Cagica Rapaz, não poderíamos ficar indiferentes a esta data que simboliza o dia em a nossa terra linda, a bela Sesimbra, foi amputada de um dos seus filhos mais ilustres.
ResponderEliminarMil razões seriam poucas para justificar esta afirmação mas, por desnecessário inumerá-las por serem de todos nós sobejamente conhecidas, resta-nos agradecer ao cidadão exemplar António Manuel Rosa Cagica Rapaz a herança literária que deixou que a todos nos dá prazer e, principalmente, o sentirmos orgulho de ser Pexitos.
Farol do Cabo & José